INTERNET,
Um Bem Necessário, Principalmente, Ao Coração!
Desde sempre, ouve-se falar que a internet é o meio mais tecnológico e sábio que o homem já inventou. A priori, durante a Guerra Fria (décadas de 60/70 e meados da década de 80), um dos maiores medos dos norte americanos era o de perder as informações hospedadas em servidores localizados dentro de “Quartéis-generais” estratégicos. Por isso, surgiu-se naquela época, uma rede capaz de guardar informações de uma forma mais segura e prática. Para se ter uma idéia da dimensão que uma “simples” rede teve e continua tendo, as estatísticas mostram que em 2003, mais de 600 milhões de usuários já tinham acesso à comunidade virtual. No Brasil, apenas 14% da população utiliza esse meio; mas, devido os projetos de inclusão social, a realidade está mudando gradativamente.
Só um detalhe, importantíssimo! Para que essas pessoas, ainda privilegiadas, talvez por representarem a minoria, estão utilizando a internet? Apenas para pesquisas baseadas em profundas dúvidas? Em trabalhos escolares? Ou para tentar encontrar o que já não é possível ver no mundo real? Existem pessoas, na sua maioria jovens, que consideram a internet um fenômeno capaz de apaixonar pessoas e fazer dessa paixão algo recíproco. Para falar a verdade, não acreditava muito nessas coisas, mas depois de um tempo vi que realmente acontece e que todos nós estamos sujeitos a esse tipo de relacionamento.
Ao entrevistar uma pessoa que reside no próprio estado (para fins acadêmicos), descobri que há nove meses ela mantém um “relacionamento virtual” com outra pessoa de outra região. É assustador como ela fala. É notório que os sentimentos existem talvez com mais intensidade que se fosse algo concreto. Certo dia, cheguei a casa dessa colega e a peguei chorando. Meio confuso, aproximei-me dela e perguntei o que tinha acontecido: “Nada”, ela disse. Dias depois, descobri que o motivo pelo qual ela estava sofrendo, era o fato de que o suposto namorado tinha terminado tudo com ela. Então, mais um questionamento: terminar o que, na realidade, não existiu? Nem número de telefone dele, minha gente, ela tem. Seria uma espécie de “Amor Platônico”? Amor Platônico... Talvez, não caiba no contexto.
Pois bem. Observei que o grau de “fascinação” é variável. Ele depende, principalmente, do grau de carência ou de vontade que um ser humano tem, em conhecer alguém completo que preencha todas as fantasias que enquadram a beleza, inteligência e a sinceridade que hoje em dia são características bastante raras. Notei que acreditar numa pseudo-realidade, é a única forma ou meio que trará dias melhores ao ego dessas pessoas.
O mundo moderno está cada vez mais trazendo assuntos e problemáticas ao cotidiano das pessoas devido a acepção do universo em nos induzir à tecnologia correlacionando a idéia de que se não ficarmos submissos à “modernidade” estaremos, assim, consequentemente, enquadrados na concepção antiquada da vida. O ideal seria se fôssemos capazes de controlar nossas carências sem nos aprisionarmos a uma “realidade imaginária” tão insana e, (incontestavelmente) necessária.
Embora esteja mais difícil, acredito que um dia todos encontrarão boas pessoas no mundo real sem ter de fingir, nem que seja momentaneamente, o que verdadeiramente são. Prefiro acreditar que todos os infelizes, ainda assim, encontrarão sua sandália velha, ou algo do gênero, perdida em qualquer caminho ou situação. Acredite, esta é a única forma de não nos prendermos tanto a uma fantasia inevitável que o nosso próprio ego insiste em torná-la real... Acredite!
Comentários
Eu hem, é verdade...
Não o seria se o ser humano não se aprisionasse em si mesmo!