Sexo, Pobre, Superpopulação E Afins

A constatação me veio recentemente (que burro!) quando parei numa extraordinária fila para comprar pães. Jesus Cristo. Parece que o mundo inteiro estava com fome naquela hora. Não há espaço mais para ninguém e só quando nos deparamos com situações horrendas como essas é que caímos na realidade absurda. Brigas e mortes por um 'cadinho' de terra. Descontentamento por causa da falta de saneamento básico, do ônibus que atrasou, do assassinato na esquina, da senhora artista que, humildemente, posou de 'mãe dos pobres'. Alguém aí duvida que o problema do mundo está na superpopulação?
Para começo, meio e fim de conversa, é mais difícil entender a mente de um 'pobre' do que os textos do 'Millôr', na Veja. Eu nunca vi tanta libido numa só classe. Sendo otimista, são mais de seis filhos por casamento. Calculando isso, são dezenas de filhos espalhados neste mundo, já, tão exausto. E poupem-me de processos desnecessários. Isto não é papo de gente preconceituosa. Definitivamente, não. Basta interpretar. O Bolsa-família, por exemplo, é a grande catástrofe brasileira. Para se ter uma ideia, são significativas dez mil famílias beneficiada com a embriagues fadigada do Governo Federal. Quer mais? Pois bem. Digite no Google "classes mais baixas produzem mais filhos" e veja do que elas são capazes. É trânsito estagnado, sol dessecante, fumaças, gente agitada e pobre transando. Se eu fizesse sexo tanto quanto, acredite, não estaria hora dessas escrevendo acerca de fila, trânsito, pobre 'transão' e afins. Será uma resultante da falta de educação? Culpa da desigualdade? Tudo bem, eu já desisti de querer uma explicação exata sobre as coisas estranhas deste mundo. As denotações são só referências e quase não ajudam, tanto assim. O que verdadeiramente interessa, é o retrocesso social de que tanto se fala e discute em vão. Certamente não mudarei o mundo, mas em um país recheado de sujeiras (que em sua maioria não são feitas por 'pobres'), entre o Senado Federal e a superpopulação horripilante que nos assunta, eu prefiro comer um pãozinho frio, murcho e, depois de tanto tempo na fila, sem-graça. O negócio é relaxar, segurar na mão de Deus e ir fundo...
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PS.: Repito. Nada de ideologias distorcidas. Não sou, não tenho e repudio qualquer tipo de preconceito. O texto acima trata-se apenas de uma crônica que por possuir tal característica, tem uma linguagem informal. Afinal, existem vários tipos de pobreza. Uma delas, por exemplo, é a falta respeito.
Abraço a todos,
volto logo.

Comentários

Twiligth disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Twiligth disse…
É.......cada texto que voce escreve vai ficando cada vez melhor, adquirindo conhecimento com as postagens anteriores e vivenciando algo novo no decorrer do tempo, o bom é que voce consegue passar por essas linhas aquilo que de fato ocorre em nosso dia-a-dia, coisas simples ate mesmo em uma fila para se comprar pão.
Respondendo a sua pergunta. Eu nao acredito que o problema do mundo esta na superpopulação!!!!
Sem falar que comida o mundo tem suficiente para alimentar todos.....mas é ai que esta a questão.... em relaçao a superpopulação pode-se observar que nossas cidades foram mal projetadas, as ruas, o espaço, tudo, nao se pensou no futuro, sem falar que as pessoas querem cada vez mais se concentrar dentro dos grandes centros urbanos, pensam eles que trará uma melhoria nas condiçoes de vida ao sair de sua cidade, mas se enganam estes, que só vão pra sofrer, morar nas ruas, e com isso trazer mais caos a uma cidade superpopulosa, outro dia vi algo na tv que me deixa um tanta que indignado.....uma mulher e seu marido, com aquela cara de abatida, de pobre coitada, pedindo ajuda, pois, nao conseguia sustentar os filhos, nao tinha como trabalhar, estava passando fome, mostrou uma panela se nao me engano com arroz acredito.....mas a camera foi passando e foi filmando, o cara quase deu uma volta de 360º pra mostrar todos, por pouco a mulher nao formava um time de futebol....isso mesmo 10 filhos a "pobre coitada" tinha (ainda acredito que ela estava gravida do 11º), me diga que pena vai dar em uma pessoa que disposição para trabalhar ao tem, mas pra "trepá" ela esta sempre dispostas, porque o problema nao esta na falta de dinheiro pra comprar preservativo, ja que são distribuidos de graça, e sim esta na falta de vergonha na cara. Agora que criação uma pessoa dessas irá dar pra seus filhos...crescerão jogados na rua, no mundo, aprendendo tudo o que nao presta, serão os futuros assassinos, estupradores, assaltantes....
No Brasil já que tantas leis são criadas todos os dias, e nenhuma serve pra absolutamente nada, já que nossa constituição é uma coisa linda, mas na pratica isso nao é praticado de modo exemplar....uma lei a mais uma lei a menos nao faria diferença alguma, seria necessario se fazer que nem no Japão onde as mulheres só podem ter um filho, talvez com isso acabaria com a SUA superpopulação e talvez com a fome, citei a cima que alimento temos pra todos, e realmente temos sim, mas esses nao chegam ate a mesa dos desprovidos de dinheiro para compra-los.
Daqui a pouco nao serao feitos somente rodizios de carros como nas grandes cidades, mas sim tambem de pessoas, será possivel que chegaremos a tal ponto?
talvez se um dia isso ocorrer, voce nao ficara mais com seu pão frio e murcho, e poderá então comprar um pão bom e comivel.....
Continue assim com seus textos, e muito bom le-los, a gente adquiri nao so conhecimentos, mas aprende com aquilo que esta diante dos nossos olhos mas nao conseguimos enchergar, só nos deparamos quando vemos atraves de outro olhar...quem sabe voce um dia nao vai parar no THE NEW YORK TIMES!!!!!!!
até o proximo post....
Fernanda silva disse…
Maicom! Eu adoooro, vc.
Sexo, Pobre, superpopulação E Afins. Gente. adorei.

Bjs.
Paz... disse…
e a pobreza de espírito, conta?

sem dúvida alguma o Bolsa Família tem uma parcela de culpa nisso tudo.

vim agradecer os parabéns, obrigada!
não conhecia aqui... voltarei!
;)
Dois Rios disse…
Oi, Maicom!

Tua crônica é instigante e demanda ums ampla reflexões que não caberia aqui num simples comentário.

Quanto ao Bolsa-Família eu diria que ele é o "viagra" dos pobres já que falta educação e esclarecimento para os "beneficiários." Enfim, para não me alongar muito, cito um exemplo que por si só é auto-explicativo: A vizinha da minha faxineira está na 8ª gravidez e diz, levantando as mãos para o céu, que se não fosse esse "benefício" não teria como sustentar a prole. Mais, não preciso dizer.

Beijo,
Inês

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