Hipérbole!

Na verdade, nem sei exatamente quando foi que me dei conta. Não me lembro quando foi que eu comecei com tudo isso. Talvez, uma "alavancada" no ânimo: ou melhor, no ânimo! Todos usam uma, duas, três... dez vezes na mesma frase. É um vício. Um vício lamentável por sua deturpação, ambiguidade. 
Há muita responsabilidade. Não posso me excluir dela. Um divorciado não pode culpar à falta de sorte, assim como não posso me eximir da falta de tempo, dos negócios, do mundo.
Que vara seja tanto o galho seco de uma árvore quanto uma sala 3 por 4  do Poder Judiciário, ninguém duvida. Há tanto hiato e consoante aparentes que a bagunça é ampla e genial.
Ao invés de fazerem complexidades extremistas, os gramáticos fossem mais objetivos e sociais, sustentando reformas ortográficas práticas, e se dedicassem a uma descomplicação semântica, o mundo ganharia mais cor: nada de só verde, amarelo, azul e branco. A intenção é popularizar o que é, em sua natureza, pop
"A partir de 1º de janeiro de 2014, a manga da camisa passa a se chamar lafana. Ou bada. (Eu, particularmente, prefiro lafana); a partir de 1º de janeiro de 2014, os cabos do exército passam a se chamar subsargentos. Ou zartos. Ou inhaum-inhaum-plaplum. (Eu, particularmente, prefiro "inhaum-inhaum-plaplum)".
Não é apenas uma concepção puritana. Como diria Antonio Prata, não tem nada de "firula anal retentiva". Todos concordam uníssonos: atrapalha. Atrapalha e muito essa tal de polissemia lexical. Toda vez que chamo meu amigo Caio, projeto a imagem de alguém  despencando num buraco. Faço um galo na cabeça e aaah, lá, acabo de ouvir cacarejos. Fernanda acabou de dizer banco de dados e inevitavelmente comecei a pensar na desnecessária imagem de um banco feito com dados. Isso é complexidade e um pouco de retardo mental, eu sei. Os gramáticos e demais defensores da Língua jogam, no lixo, sinapses elegantes. Todo um trabalho longínquo é derramado. Cai pelo cano como Caio no buraco. Isso é lamentável.
Vamos ser simples. "Quero ver o que a vida oferece sem pensar em monstruosos insetos, em Kafka, que nasceu em Praga, sinônimo, aliás, de peste, que nada tem a ver com Budapeste, que além de peste tem Buda no nome". E nem me venham com estrangeirismos. Pelo amor de Deus!


Comentários

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