"Peço Licença Para Odiar"

Assim como o outro, vejo pessoas hipócritas, falsas; pessoas que como diria o tal psiquiatra, querem somente o lucro e que, em dias difíceis, afastam-se. Eles olham, elas também. Vejo, na expressão atribuída, a vontade de falar o que quer, o que pensa e o que decepciona. Pobres mortais que enganam-se a si próprios. Infiéis cidadãos que não conseguem ser o próprio ser.
Olho no corredor, desconfianças. Despeitados, aparentemente, com a própria alma. Parasitas intrigantes, ridículos inscientes que possuem como resultantes do aprendizado: o nada! Ilusórios altruístas, verdadeiros medíocres que me apresentam, assim, gratuitamente, um pouco do seu ser decepcionante. Talvez o seja sem querer, talvez o seja por querer. Sento, olho e observo. É aí que a realidade, minha gente, 'me' assusta. Não saber onde está pisando e tão desconfortável quanto saber. Os amigos? Sim, eles existem. E os 'pseudos'? Sim, claro, eles também existem... Aliás, ressalto, que em quantidade elevada, eles existem...
Os 'pseudos' assustam-se, muitas vezes, com a sua própria criatividade. É preciso ter muita criatividade para causar tanto mal e desconforto. É preciso ser. Acredite, essa tarefa, não é para qualquer um.
O tempo, mais uma vez, mostra-se um amigo! Amigo porque só ele consegue mostrar que o que parecia ser, não parece mais. Que o que não era, agora é. Em algum lugar da vida, já escutei um daqueles discursos existencialistas do tipo: "Não importa o que fizeram de você, mas o que você faz do que fizeram de você". É preciso ter firmeza, ter força para equilibrar a manobra que é a vida. Ser forte, é apenas o princípio dos princípios.
Peço licença, ainda, para dizer que tenho 'preconceito do preconceito' (muito feio da minha parte, eu sei), que sou errante e que odeio a parte, mas também o todo, se necessário...