Enigma

Cláudio Henrique (jovem estudante de 21 anos) acaba de descobrir como é a vida de gente grande, longe dos pais.
Havia uma garota delicada, aparentemente muito interessante e feliz. A única informação que se tem, é que ela foi criada num orfanato e cursa Psicologia, na faculdade.
Cláudio sofre por ter perdido uma pessoa muito importante na sua vida, mas não consegue demonstrar isso a ninguém. Não se sabe quem é essa pessoa.
Por coincidência, Cláudio vai estudar Jornalismo, na mesma faculdade que a "garota delicada" está prestes a se formar.
Na aula de sábado, sem saber, Henrique entra no banheiro feminino e uma garota de aproximadamente 20 anos, assusta-se ao vê-lo. Ele tentou explicar, mas ela não deixou. A garota saiu correndo do banheiro. Henrique, ao abrir a porta, não vê mais aquela menina doce, bonita e estranha que tinha corrido das suas explicações.
Henrique a comparou com a pessoa que havia perdido numa tragédia horrível no sul de Santa Cataria.
Todo dia ele se arrumava e, ao término de toda última aula, ficava próximo à porta do banheiro feminino na expectativa. Durante dois meses ele fez isso sem cansar e sem pensar em algo que o fizesse desistir, na mesmo hora e do mesmo jeito. Aquela garota, durante todo o tempo passado, nunca mais foi vista por Cláudio.
Era quarta-feira à noite. Henrique passeava fadigado pela cidade. Ele vê a mesma doce menina do banheiro, sentada na 'pracinha' próximo a uma funerária. Percebeu que à sua frente, tinha uma outra garota utilizando a faixa destinada aos pedestres. Para não atingi-la, ele desviou e chocou-se com uma árvore que estava à margem da avenida.
Henrique jamais pensou que sua vida fosse mudar tão depressa. Mesmo ensanguentado e meio inconsciente, olhou para o banco da praça onde estava aquela moça tão semelhante a que um dia havia perdido, e conseguiu vê-la sorrindo. Foi a última vez que Cláudio Henrique não viu o amanhecer. Foi a única lembrança que lhe sobrou da vida inteira.
Desde então, ele sabia que tinha de conhecer aquela menina que um dia
fugiu da incerteza e o sorriu na desgraça. Sabia que ela tinha algo para lhe dizer naquela noite. (...) É Outono. Henrique já tem 27 anos...

(Continua)


Comentários

e-Chaine disse…
Tah tão ruim assim?
Ahahhahahhahhaha...
Essa garota é um fantasma demôniaco?
e-Chaine disse…
Frederico Blahnik.
Será? Será mesmo que o misticismo é o 'fato-tipo' da história?

Idéias acerca do mistério!

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