Patético Redundante

Ao entardecer, minhas esperanças se renovam. Transformam-se, evoluem-se e me fazem, até mesmo, feliz. Janela aberta, sol, vento, sombra. Tudo ao mesmo tempo me levando a algum lugar já habitado e jamais entendido: minha mente. Juro, a vocês, às vezes penso que sou incapaz de amar novamente. A pior das dores, dos sofrimentos e das incapacidades, eu sei...
Sou anormal, já pensei! Sou feio demais ou falta isso ou, ainda, aquilo... Tudo indefinido. Inquietação que machuca, que deprime, que me faz sentir não como um ser desprezível ou vazia, mas como uma pessoa só: sozinha: solitária e assim também 'disse Onário' (piada altamente sem graça e desprovida de qualquer argumento intelectual já visto, aliás não visto), ermo. Isso tudo pode ser explicado, mas não 'Aqui Agora' (jornal idiota, ainda que um jornal).
Não procuro, mas as escassas coisas que me aparecem acabam com o pouco de esperança que me sobra. Eu sei o que é o amor. É com a maturidade que o amor se aprimora, ao meu ver, e se faz forte (experiente) sadio e verdadeiro capaz de suportar tudo. Desde que me foi tirado a coisa mais importante depois de Deus e família, não estou completo. É como se eu não pudesse esquecer. A sensação de nunca mais ver o que trazia 'segurança', enfraquece-me... É desesperador, minha gente, amar alguém com todas as forças e esse alguém ir embora (involuntariamente) na madrugada triste, fria e molhada. É a primeira vez que falo sobre isso e não quero muitos detalhes.
Sabe, (...) ainda assim acredito que sou feliz. Sou feliz porque tenho família, amigos e porque estou vivo. Isso, é uma graaaaaande vitória. Há muitas pessoas por aí que dariam tudo para está na sua, na minha e nas tantas outras vidas polivalentes. Não duvide disso.

"Amor pedido ainda é amor. Ele assume uma outra forma, só isso. Você não pode vê-lo sorrir, não pode lhe trazer o jantar, não lhe faz cafuné nem rodopia com ele pelo salão. Mas quando esses prazeres enfraquecem, um outro toma o lugar. A lembrança. A lembrança se torna sua parceira. Você a alimenta. Você a segura. Você dança com ela. A vida tem de acabar. O amor, não". (ALBOM-MITCH, As Cinco Pessoas Que Você Encontra No Céu, 2003, p.166)

Tudo tem sentido e valor, ainda que a interpretação demore um pouco para acontecer... Como diz o autor supracitado, existem pessoas que dizem ter encontrado o amor, como se o amor fosse um objeto escondido atrás de uma pedra. O amor assume muitas formas, disse, e nunca é o mesmo para cada homem e mulher. O que as pessoas encontram, então, é um certo tipo de amor, conclui. Nossa, acho que estou inspirado demais e espero não afetar vocês de forma negativa.
Mas entendem, agora, por que a escolha não é tudo aquilo que deveria ser? Entenderam por que nem mesmo a Teoria do Existencialismo é completa? Agora sei que tudo pode ser questionável, muito embora nem tudo seja oposição.


Tudo acaba assim, às minhas lembranças, às paredes do meu quarto, às ilusões da noite e aos desejos tentadores, de uma hora para outra, em um piscar de olhos. Acabam assim, como este texto...
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