A Depressão De Freud E Seu Desejo Inconsciente

Judeu Ateu, aos 67 anos Freud teve uma agressiva depressão. Sofreu, incomensuravelmente, por ter perdido seu neto amado. O pai da Psicanálise trabalhava por pura necessidade, já que não tinha mais o prazer que é o bem-viver. Um grande homem submisso a uma grande perda. Um homem que sequer acreditava na sua própria existência. Como ser movido pelo inconsciente ou consciente ou, ainda, pré-consciente se o próprio motivo de existir está fraco por razões consequenciais?
FRAQUEZA?
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É na dor que, infelizmente, sentimos o poder que temos. Gente fraca essa que tenta esconder suas dores, que não admite a derrota e que finge o tempo todo só para não se submeter à glória que é a perda. Eu não quero, você não quer: ninguém quer perder nada e nem ninguém, nunca! E isso, é mais uma prova de que sempre seremos incompletamente livres... Presos às emoções, aos fatos, às manias, aos instintos, às leis (secas ou cheias de nexos) e por aí vai... Ainda bem que você não é 'preso' e certamente não quer a glória. Preso, perda, glória. Lembra? Hoje você quer, como sinônimo lamentável de vida, passar mais um dia. Por sorte, você consegue o insucesso.
A vida se dissipa como uma gota de água no sol do meio-dia, disse um desconhecido. São martírios, conflitos íntimos que te fazem infeliz por dez segundos, um minuto, 50 meses ou 20 anos. Por que será? Todo mundo, enquanto morto, fecha os olhos (ou não), e enquanto vivo, ainda que de olhos bem abertos, não enxerga... Uma pena, talvez. Queria entender porque mesmo tendo 'tudo', estás incompleto. Freud era o maior. A única lástima foi ter entendido a essência da vida, apenas poucas navegadas antes do fim do mar. Quero entender, discutir, aprender. Ainda bem que sou apenas um pequeno ser humano, e não Deus. Em outras épocas não, mas fico quieto no vão que está, agora, minha mente nada insólita e bastante.


Sem esse papo de vice-versa e pronto, você é o razão e eu sou o tempo.