Reflexos De Um Espelho Quebrado

Não são conclusões precipitadas. A minha sentença está prolatada. Nada pode mudar, retificar. Aos 21 anos, eu me vi perdido na minha própria história. Isso pode ser normal. Não mais anormal que os segredos descaradamente escondidos por nós, muitas vezes. É uma metáfora que meu coração exige como forma concreta de se imaginar. Eu posso imaginar. Todo mundo pode. Embora nada fique estático, eu paro, olho, nada vejo e concluo, ainda assim.
Hoje ou agora pouco, percebi que ser hipersensível pode parecer frágil, inútil, feio, diferente, insignificante e, para muitos, inaptidão. Sensibilidade. Há os que amam incondicionalmente, os que choram, que falam, que omitem (sim) honestamente. Insensíveis? Eu quero poder me sentir amado, óbvio. Aliás, eu não quero me sentir, eu quer ser, de fato, amado. Por que procuramos tanto por alguém educado, honesto, sincero, bonito, simples, com hálito agradável, olhos brilhantes, humor contagiante e sensíveis se não podemos ou somos capazes de sobreviver à rotina, à convivência? Por que temos de nos sentir amados, perseguidos por um amor, que embora negamos muitas vezes, a nós mesmos, ser verdadeiro, só para ficarmos bem? Desprezamos o amor e mais uma vez agimos como seres desprezíveis. Não damos oportunidade, sequer, para uma explicação. Minha gente, amar não é pouca coisa. Amar requer muito. O amor pode ser complicado, e, como 'prefere' o ilustríssimo (você me deve esta) Samuel Bryan - quando se refere aos seres humanos -, no "Fala Consciência!", 'paradoxal', mas jamais desnecessário. Não perca tempo com limitações prévias. Isso não é amar a si próprio e nem a outrem é, apenas, uma denotação científica e boba.
Eu já fui intenso, militante dos meus sentimentos, preso às incapacidades. Fui 'de' esquerda e 'de' direita: hoje, eu estou na dúvida. Eu não posso mentir. Sou romântico, idealista. Sou simples sem vocação ao reverso. Meio modesto, mas não destrutível, eu acho, e já pensei como um tolo, como um imbecil. Já dizia Friedrich Nietzsche: "Como se tornar uma outra pessoa, se primeiro você não virar cinzas?" Eu me tornei, um dia, cinzas, e confesso que o gosto dela não e bom, mas alivia. Já me senti como um personagem bem lascivo, romântico. Sim, é possível ser as duas coisas ao mesmo tempo. Lascivo. Romântico. Um personagem daqueles que Nelson Rodrigues amava e que eu vejo, ou leio, sempre que posso.

É, eu terminei um processo natural da vida e acabo de entrar em outro, talvez, mais complexo e nem tanto assustador. Eu me sinto seguro e isso pode bastar. Eu posso tentar não ser rigoroso demais comigo, desta vez. Agora, já conheci alguém especial, já me senti amado. Hoje, sem ressentimento de acreditar nisso como uma forma de autodefesa, amo-me egoistamente.

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Só para constar:
"...Que sejas meu universo... que seja tudo o que sinto e o que penso... que de manhã, seja o primeiro pensamento."

Comentários

Samuel Bryan disse…
olha o meu nome aliiiii...
uhauahauahuahau
lushu, puder e gramur como sempre
hahaah
brincadeiras a parte, bela reflexão meu amigo
íntima, pessoal, mas para todos ao mesmo tempo
^^
Anônimo disse…
Quero um homem desse pra mim! Eu quero! Lindoooo. Eu só queria saber quem é a pessoa sortudaaaa, rárárárá...

Bjs
Ana Claudia disse…
VC é fofo!
Bjos.
Adriana Andrade disse…
Ainda quebrado vc é perfeito...
Te adoro,
saudade.
Tem um selinho violento pra vc no meu blog!

;-)

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