F De Felicidade

"Eu espero que você esteja bem. Que se divirta bastante essa noite e que aproveite os prazeres que a harmonia, a comida e a bebida podem te dar. Não deixe de aproveitar também a saudade. Aproveite que só nós podemos usar essa palavra. Agradeça por sentir falta de alguém e ter alguém sentindo a sua. Pense em mim, mas não gaste muito tempo nisso. Eu quero você bem e sorrindo. Saudade."

Eu estava sem rumo, sem força, sem estimas, sem paradeiro: eu mal podia olhar à minha volta. Nem procurar, eu procurava. Dias assim, sem entusiasmo algum, só me levam a um lugar: ao nada. Acredite. O nada existe e eu sei que tudo pode ter nexo ou não, pode ter uma ligação que condiz ou não com o que você é. A própria vida, muitas vezes, não tem nexo e, ainda assim, estamos lá lutando, implorando por ‘ser’, por ‘está’, por sonhos. Somos miseráveis de sentimentos, criticamos aos que pedem dinheiro na rua, mas estamos a todo instante pedindo amor, atenção, companhia pra fazer sei lá o quê. O simples fato de ter em quem pensar já e bom, bastante, necessário. Sim, somos miseráveis e assim caminha a humanidade, infelizmente.
Um dia, você enfadado de tanto esperar, já que procurar não consegue mais, porque suas forças esgotaram-se, acontece como um 'raio' que chega, sufoca e não te abandona. Pode ser qualquer coisa, qualquer sentimento próximo ao amor, ao sentimento maior, ao sofrimento maior, à decepção maior. Aí você pensa, tenta, briga consigo mesmo. É inevitável. Você se entrega. Entrega-se a alguma coisa parecida à felicidade, ao entusiasmo, à força, ao paradeiro, ao nada, ao tudo... Revigorada. Assim, a sua alma está. É um tal de maniqueísmo estático. Ou mais. É como se houvesse um anjinho e um diabinho: “Que tal tentar? Que tal amar? Que tal procurar?”...“Mas, que tal chorar, sofrer e decepcionar-se?” Quem é quem, quem é são e quem não é? De brinde, você ainda ganha o direito de escolha. Poderia lutar, porque havia prometido, enquanto entorpecido por suas palavras totalmente providas de sentimentos, mas não posso, não devo e assim faz-se necessário... Você prefere ser racional, faz questão. Isso não é tão ruim e passo a acreditar na possibilidade de o ser, a partir de agora. Não morrerei de amor, eu prometi. Infelizmente, hoje estou mais que sem rumo, que sem chão, que sem esperanças. Eu, hoje, perdi e isso - agora - está doendo. Uma dor que, como todo sentimento que erroneamente sentimos, é miserável. Sei que superarei, claro, eu nem sabia que tinha tanta força; mas, dói. Dói muito e as lembranças acabam com o pouco que sobrou de mim, da minha alma errante, errada, imperfeita e inquieta. Não tenho forças mas, ainda assim, o meu amor e involuntário... Ele independe do seu: vou amar você com todas as minhas forças durante a vida e a morte, inteiras. Não posso me martirizar ou me prender a isso, mas posso amar-te em silêncio e com tamanha intensidade, até que adormeçam tamanhos sentimentos. Eu também prometi isso, e, vou cumprir. Prometo. Posso casar, ter filhos, constituir uma pseudovida e não me importarei, afinal, ser normal é o que importa, é o que faz de um homem ser sério e importante (teoria tosca). É muita hipocrisia, eu sei, mas posso sobreviver. Estarei com você no coração, (que idiota?) na mente ou em qualquer outra parte não tão menos importante (nada de ideias (e desta vez sem acento) lascivas). Eu vou amar-te como um faminto, como um miserável, um sonhador, um tolo ou até mesmo como um completo imbecil que ficou esperando por alguma coisa que ficou de vir. Não vejo mal algum nisso, não mesmo. O único fato ruim em tudo, é que você não estará perto de mim, quando assim for – ainda mais – necessário. Um pedaço do meu coração estará aí, com você. Ele é de chocolate e tem dedicatória atrás. Não esqueça. Não esqueça este detalhe, jamais, nunca e em momento algum, meu amor. Não se trata, somente, de papo demente e idealista. Meu amor é ilimitado. Trata-se, exclusivamente, disso.

Adeus.

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Ok, vamos ao selo. Este veio do Minha Vida Em Macrovision.
Eis a descrição:

"O selo MVEMV é pra quem já não consegue mais terminar o dia sem visitar "aquele" blog querido de todos os dias. Então, por que não dizer?":




Muito obrigado, Fred!