Do Papel Vintage
Não acredito,
definitivamente, em destino. Em coisas escritas por sei lá quem, sobre nossas
vidas acerca do que seremos. Somos 'livres'. Ponto. Daí o conceito "livre arbítrio".
Não imaginem dias melhores, certo? Seria feio e soberbo
querer um mundo melhor, pintado por vocês próprios, ideologicamente. Nós somos livres...
Está muito calor lá fora e o abajour reflete a escuridão que está aqui dentro. É que eu
apaguei a luz do quarto para parecer mais vintage. A mesa está organizada.
Como sempre, afinal. Sei que estou sendo observado num intervalo e outro, da TV.
Educado e gentil. O café que trouxera pra mim, está quentinho
e combina com a temperatura baixa aqui de dentro. Ouço pequenos e silenciosos
sorrisos. Murmúrios. Acho que a televisão é mesmo uma coisa entusiasmante. Meu
mundo possui 85m² com vista para o oceano. Pele. Olhos. Boca. E que olhos. E que boca. Nem eu acredito.
Já é fim de ano e renovei minhas forças antes mesmo dele acabar. Estou
pensando em projetos, conflitos. Há muito no que pensar... infelizmente.
Eu escolho minhas companhias. Isso é saudável, hoje em dia. Faz parte do meu
'eu lírico', inclusive. Ontem, observei algumas pessoas. Elas mentem tão bem.
Outro dia fui assuntado sobre críticas que fiz no Facebook. Críticas
abstratas e impessoais. Pediram para eu guardá-las porque assim, resumidamente,
seria, de certa forma, mais elegante. Foi isso? Enfim... Elegância nunca dependeu de censura. É como se a ditadura
fosse feita de liberdade. Antíteses.
Piso certo. Ando certo. Piso de tal forma que julguei como quis. Mas meus
pés doem. Vai ver eles sempre doerão, mas tudo bem. Levarei um tempo para me
acostumar. Talvez, precisarei de algumas mentirinhas, duas rezas, um psicólogo.
Não me importo. Vivo num século em que tudo isso é possivelmente permitido... Honestamente? Meu tempo acabou. Chegou a hora de começar a acordar e aprender a desfrutar daquelas sensações inenarráveis que estão tão nítidas, sobre a cama. Vou
dar assistência ao meu 'ego'. Ele precisa de mim e eu dele. Aliás, que cama
quentinha, amor!
Um beijo me acordou antes das 21h e eu permaneci com aquele gosto bom de preguiça, nos lábios, por alguns minutos. É o que temos de melhor: um ao outro.
Sei lá por quê.
Amo-te.
Comentários
Menino, eu tbm ñ acredito muito no destino não, acho que nós é quem o fazemos, com nossas atitudes e tudo mais.
Ai menino obrigado.
Ai a camiseta é perfeita, kkkkkkkkkk
Um democracia mais censurada do que quando havia censura .... Enfim agora a liberdade é só em pensamento , ou fechada em um cofre :)
Um abraço !
"Elegância nunca dependeu de censura" - Muito bom!
abraços
Quanto ao ocorrido no Facebook, creio que ninguém faça uso da sinceridade como instrumento de liberdade e tolerância. Há sobre tudo e todos uma maquiagem que embeleza o corpo mas não disfarça as manchas da alma.
Beijo,
Inês
E que conforto é ter quem amar, não é?
"Chegou a hora de começar a acordar e aprender a desfrutar daquelas sensações inenarráveis que estão tão nítidas, sobre a cama." Genial.
Abraço! ;)
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