Sobre São Paulo, Final de Ano E National Geographic

Hoje eu acordei em São Paulo. A gente cresce e a vida profissional toma as rédeas dos nossos já limitados e insertos planos. Faz frio, mas não tanto. Pela janela, observo as arquiteturas antigas do centro e algumas pessoas bêbadas caminhando enquanto conversam sobre qualquer coisa. Estamos nos últimos suspiros do ano que como tudo, precisa ser renovado. O Ibirapuera realmente é surpreendente, nesta época do ano. Tem gente de todo tipo: aquelas que gostam de exibicionismo, as que são tímidas, sonsas, tem aquelas sem certos pudores e regalias e as que te abordam perguntando "se ta tudo bem" ou "qual o seu nome" e essas coisas... Ah, velha discrepância entre as vontades guardadas e a ética criada para manter razões - razões. Padrões, não. Não fosse isso, talvez já tivesse descoberto mais da vida, dos segredos e mistérios que ela tem. Mas talvez não; talvez, tivesse me perdido no caminho e não estaria tendo conclusões sóbrias sobre percepções às 4h da madrugada.
Na TV, algum documentário sobre escorpiões demoníacos que destroem toda e qualquer aparência inofensiva. Mas, convenhamos. Não precisa ser escorpião para saber que certas coisas frágeis demais, perecem ou são rapidamente substituída, ao londo do tempo. Todos falam em educação, dar bom dia numa segunda-feira chuvosa e fria, mas ninguém quer e nem gosta de inofensividade de tamanho relevante. Talvez, estejamos acostumados a viver seguindo o Talião e todas as teorias sucessoras que a aprimoraram. Talvez.
Sem maiores pretensões, preciso dormir, mas os vizinhos do quarto ao lado não, então penso que devo partilhar da noite - não com eles porque sou meio antiquado quanto às relações. Principalmente quando elas são sexuais.

2013, dezembro.

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