A Arte de Enterrar O Próprio Coração

Marcelo ama. Marcelo ama muitas coisas e pessoas, mas Marcelo sabe sobre o que quer. Marcelo perdeu. Amor que se deixou, amor que se feriu, sentido que se esqueceu.

Marcelo perdeu seu próprio amor. Amor este que não deveria ter deixado, esquecido, mas que foi afogado. Não há culpado. Há, pois, circunstâncias. Marcelo não está no melhor ano de sua vida pessoal, mas Marcelo sabe que isso é normal, comum, até, nos dias de hoje. Marcelo evita comprimidos para enfrentar a sua própria dor sobriamente, não muito sereno, mas confiante. Ele erra. Na verdade, erra bastante. É que Marcelo é humano...

Sábado de manhã Marcelo reflete, veste-se, segue o cortejo e, enfim, e mais uma vez, enterra aquilo que tem de mais puro dentro de si. Marcelo se despede, chora por aquela dor quase supressiva. Marcelo, sabe-se lá como, não por vontade própria, segue em direção a sua glória particular. Marcelo é teimoso.

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