O Dia Em Que Apontar O Dedo Passou A Ser Ínfimo E A Crença Se Tornou Sinônimo De Dor



A falta de argumentação só é plausível quando a razão dita por si. Você tem todo direito de supor o que quiser, mas jamais pode depreciar a dor (diária) do outro, como prefere os tolos - até porque, neste quesito, você é incapaz, absolutamente incapaz. E você não deve dizer que uma pessoa é substituível ou “insuportável” porque ela, simplesmente, optou por razoabilidade ao invés de conveniência, quando a matéria diz respeito às inúmeras relações, sejam estas de amizades, amores ou não: é que talvez, essa seja a forma mais sensata de se cultivar verdades. É uma caminhada mais dolorosa, eu sei, mas também é aquilo que transforma o verbo “caminhar” em algo, sem equívocos, mais importante. Aliás, importância... Eis uma razão para se manter vivo. Uma vida sem importância não é digna; nem sequer vida.
As pessoas adoram exigir respeito, mas na primeira oportunidade te agridem e te deixam hematomas físicos que ultrapassam a matéria e se perpetuam na alma.
Há aqueles que sentem prazer em dissimular sua existência, que se satisfazem em ser o que, de fato e muito provavelmente, jamais serão. Ajudam, mas fazem questão de ratificar sua importância como uma forma de redenção. Quanto tempo desperdiçado!
Há outros que enfiam suas crenças, medos ou desesperos goela abaixo, obrigando aos outros, automaticamente, sua forma de ser, embasada numa deturpação sem precedentes do que vem a ser Deus e, em nome de Deus, acreditam ser alguém dotado de razão e coerência - e não se engane supondo o contrário, porque é exatamente isso o que você se permitiu tornar. Paciência!
As pessoas perderam a noção de respeito e coerência e ainda conseguem conceber uma suposta razão para, quem sabe, justificar seus dolos.
De forma mais clara para que não restem dúvidas: justificar o amor em atos antônimos é fé sem atitude. Amor sem respeito e prudência é leviano e está fadado ao fracasso - e de fracassadas, convenhamos, bastam suas atitudes.


A dor que sinto hoje é ínfima diante das marcas deixadas pela ignorância do ser humano e isso deve fazer parte da vida, mas jamais parte daquilo que propus a me tornar. Sinto muito, mas não posso aceitar isso de forma passiva e complacente, porque não há Lei, nem razão, muito menos crença que justifique o desrespeito e uma agressão, seja ela física e/ou psíquica.

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